A Cabala da Inveja 35 - Amor Gratuito (Ahavat Chinam)
Resiliência - Trocar Sinat Chinam pelo Ahavat Chinam

מִקְדָּשׁ רִאשׁוֹן מִפְּנֵי מָה חָרַב — מִפְּנֵי שְׁלֹשָׁה דְּבָרִים שֶׁהָיוּ בּוֹ: עֲבוֹדָה זָרָה, וְגִלּוּי עֲרָיוֹת, וּשְׁפִיכוּת דָּמִים.

§ The Tosefta continues with a discussion of the sins of the Jewish people over the generations: Due to what reason was the First Temple destroyed? It was destroyed due to the fact that there were three matters that existed in the First Temple: Idol worship, forbidden sexual relations, and bloodshed.

אבל מקדש שני שהיו עוסקין בתורה ובמצות וגמילות חסדים מפני מה חרב מפני שהיתה בו שנאת חנם ללמדך ששקולה שנאת חנם כנגד שלש עבירות ע"ז גלוי עריות ושפיכות דמים

However, considering that the people during the Second Temple period were engaged in Torah study, observance of mitzvot, and acts of kindness, and that they did not perform the sinful acts that were performed in the First Temple, why was the Second Temple destroyed? It was destroyed due to the fact that there was wanton hatred during that period. This comes to teach you that the sin of wanton hatred is equivalent to the three severe transgressions [that had led to the destruction of the First Temple]: Idol worship, forbidden sexual relations and bloodshed.

Ahavat Chinam

“Se fomos destruídos, e o mundo conosco, devido ao ódio infundado, então devemos reconstruir a nós mesmos, e o mundo conosco, com amor sem base - ahavat chinam.

(Orot HaKodesh vol. III, p. 324)

http://ravkooktorah.org/TISHA-AV-70.htm

O pilar do Amor
כָּל אַהֲבָה שֶׁהִיא תְלוּיָה בְדָבָר, בָּטֵל דָּבָר, בְּטֵלָה אַהֲבָה. וְשֶׁאֵינָהּ תְּלוּיָה בְדָבָר, אֵינָהּ בְּטֵלָה לְעוֹלָם. אֵיזוֹ הִיא אַהֲבָה הַתְּלוּיָה בְדָבָר, זוֹ אַהֲבַת אַמְנוֹן וְתָמָר. וְשֶׁאֵינָהּ תְּלוּיָה בְדָבָר, זוֹ אַהֲבַת דָּוִד וִיהוֹנָתָן:
All love that depends on a something, [when the] thing ceases, [the] love ceases; and [all love] that does not depend on anything, will never cease. What is an example of love that depended on a something? Such was the love of Amnon for Tamar. And what is an example of love that did not depend on anything? Such was the love of David and Jonathan.

פירוש אלו הדברים כך הוא אתה יודע שאלו הסבות הגשמיות יבטלו ויסורו ויתחייב סור המתחדש בסור סבתו ומפני זה כשתהיה סבת האהבה ענין אלהי והוא המדע האמיתי האהבה ההיא אי אפשר שתסור לעולם מפני שסבתה מתמדת המציאות:

The explanation of these words is like this: You know that if the physical causes are negated and removed, then it will be necessary that what they cause will be removed with the removal of its cause. And because of this, when the cause of the love is a divine matter - and that is the true science - it is impossible for that love to be removed ever, as its cause is eternally in existence.

El amor después del amor...

“Afinal, pelo amor matamos, roubamos e invejamos até mesmo o próprio objeto do amor. Pelo amor guerreamos, podemos nos tornar obcecados ou bloquear os caminhos da sapiência.”

Excerpt From: Nilton Bonder. “A Cabala da inveja.”

O desafio de aceitarmos humanos

“Nossa ingenuidade nos faz pensar que o amor, este que devemos apreender de nosso sentimento para conosco e projetá-lo aos outros, é qualquer tipo de amor. Não é assim; nós também podemos amar a nós mesmos com amores que dependem de razões externas. Extintas estas razões, estará extinto também nosso amor por nós mesmos. Quantas vezes o poder, a fama e a ambição deixam a vagar pela vida pessoas que amaram a si mesmas por meio de amores que não permaneceram. Por esta razão, legiões e legiões de bem-intencionados foram mandadas às ruas a fim de amar seu próximo e poucos retornaram. Cada um destes foi gradativamente sendo engolido pelas “razões” para amar e corrompeu-se.

“Qualquer um que, ousando desafiar sua dimensão animal, incumba-se da tarefa de amar sem razões e incorpore esta forma de amor como sua natureza, trai sua condição humana. Sua arrogância será escorraçada na primeira oportunidade real de amar alguém sem razão externa, pois esta certamente fracassará. A causa deste fracasso já a analisamos na abordagem da “intenção da intenção”, ou do ietser ha-rá, o mau impulso (animal). Portanto, aquele que se propuser a bloquear seu impulso animal, além de fracassar, sofrerá terrivelmente. Nós não somos a divindade, apenas imagem e semelhança desta.”

“Então não existe o amor sem causa externa na dimensão humana? Existe, mas não deve ser confundido com uma idealização, uma utopia que ainda não se fez possível. O que seria então este amor sem razões externas? Seria o amor da intenção, e não da “intenção da intenção”. Seria um amor da ordem da espontaneidade da intenção não animal. Talvez possamos compreender melhor isto por meio de uma história relatada no Midrash, acerca do versículo (Ex. 23:5) que afirma: “Se vires o asno daquele que odeias estirado ao chão por causa de sua carga, não passarás ao largo, mas liberarás o asno e seu dono.” Conta o Midrash:”

“O Rabi Alexandri partilhou um fato ocorrido: dois homens que se odiavam passavam com seus asnos pela mesma estrada. O asno de um deles caiu com o peso de sua carga, e seu desafeto passou por ele. Porém, imediatamente, este disse a si mesmo: “Está escrito na Torá que não devemos passar ao largo do asilo de nossos inimigos quando este se encontra em dificuldade.” Ele então, sem pensar mais um instante sequer, deu a volta e ajudou a recarregar o asno. O dono do asno começou a pensar em seu coração: “Este homem é realmente meu amigo e eu não sabia!” Os dois saíram então juntos em direção a uma taverna e beberam e comeram à mesma mesa.”

Excerpt From: Nilton Bonder. “A Cabala da inveja.”